Qual o caminho da água
até o seu copo?
VAGAS LIMITADAS!
Sobre o projeto
O Projeto Caminho das Águas tem como objetivo promover educação ambiental para a conservação da água na região do Vale Alto Alegre, no município de Caconde, SP. O projeto visa também difundir conhecimentos e sensibilizar os moradores da zona rural e urbana em relação aos impactos decorrentes da ocupação do solo e suas consequências na natureza.
A proposta pedagógica do curso está estruturada em dois ciclos de atividades, sendo o primeiro com enfoque na bacia hidrográfica e nas técnicas de conservação e manejo do solo e o segundo em saneamento ambiental. As atividades previstas incluem visita de campo para compreensão dos conceitos de bacia hidrográfica, reconhecimento do caminho que as águas fazem desde a nascente até a chegada em nossas casas, compreensão da ligação entre o espaço rural e o urbano quando falamos de água e instalação de sistemas de tratamento de água e esgoto que previnem a contaminação do solo e da água.
O projeto é executado pelo Instituto Cultural Janela Aberta, com financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), em parceria com o Instituto Vivarta, a FAF Coffees, a Prefeitura de Caconde, Embrapa Instrumentação e Sítio Siriema. A região do projeto pertence à UGRHI (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos) 4, na divisa de Minas Gerais e tem destaque pelo potencial turístico relacionado ao café, a cachoeiras e a represa de Caconde.
O Caminho das Águas teve início em Maio de 2024 e terá duração de 13 meses. Segue abaixo as informações públicas sobre o projeto:
Nome do Empreendimento:
Ciclo de atividades de educação ambiental no Vale Alegre (Caconde/SP)
Razão Social ou nome do tomador:
Associação Instituto Cultural Janela Aberta
Valor FEHIDRO Aprovado: R$ 163.820,00
Valor Oferecido de Contrapartida: R$ 58.803,40
Valor Total: R$ 222.623,40
Número do Contrato: 459/2023
Termo de referência: baixar PDF
Tecnologias Sociais
Tecnologia Social é um termo usado para definir sistemas que são relativamente simples e replicáveis, ou seja, que podem ser facilmente construídos por quem tem interesse, sem demandar grandes esforços e gastos. Quando aplicamos esse termo à sistemas de saneamento ambiental, temos uma ampla variedade de sistemas que podem nos ajudar a tratar o esgoto e a água de consumo, garantindo assim melhores condições de saúde e menor risco de contaminação de recursos naturais.
A instalação de todos os sistemas pelo projeto Caminho das Águas será realizado de forma participativa, com parte teórica, na qual um técnico explica como funciona, os materiais necessário e como montar, depois, todos os participantes colocam a mão-na-massa e instalam o sistema juntos. Todas as atividades realizadas são gratuitas. O material para os sistemas será doado pelo projeto para a propriedade escolhida para instalação. O beneficiário, em troca, será responsável por preparar o local e receber os participantes em sua casa/sitio no dia da oficina.
- Tecnologias Sociais
- Fonte modelo Caxambú
- SAF - Sistema Agroflorestal
- Filtro lento de areia
- Cisterna
- Sistema de compostagem
- Fossa séptica biodigestora
- Vermifiltro
No projeto Caminho das Águas, teremos a instalação dos seguintes sistemas:
Vamos conhecer os sistemas clicando nas abas acima! |
Esse sistema tem como função proteger nascentes de água, evitando assim seu assoreamento, garantindo boa vazão de água para consumo.
Os materiais usados são de baixo custo e podem ser facilmente encontrados em casas de materiais de construção.
Esquema de montagem de uma fonte modelo Caxambú
Esquema completo de elementos para a fonte Caxambú
Fonte instalada no município de Marmeleiro, PR
Fonte: https://www.marmeleiro.pr.gov.br/noticia.php?notid=1811
É um sistema de produção que combina espécies de floresta com espécies de interesse agrícola. Tais espécies coexistem no mesmo espaço e contribuem para um sistema mais produtivo e equilibrado. As espécies a serem combiandas variam de acordo com o interesse e experiência do proprietário, permitindo assim uma ampla variedade de combinações e geração de renda.
O SAF, como é conhecido esse sistema, terá um tamanho de 500 m².
Esquema de um SAF
Fonte: https://blog.aegro.com.br/safs/
SAF com café sombreado
Fonte: Sítio Pema (https://www.sitiopema.com.br/cafe-sombreado-um-consorciamento-de-sucesso-com-a-madeira/)
Sistema Agroflorestal
Sistema de filtração para água de consumo – Filtro lento de areia
Esse sistema simples já foi amplamente estudado e tem alta eficiência na filtração para água que será consumida nas casas, evitando assim doenças causadas por água de má qualidade.
A água que será filtrada deve ser de poço ou mina.
O tamanho do filtro pode variar de acordo com o número de moradores da residência.
Ele tem tamanho que permite ficar dentro de casa.
Esquema do Filtro lento de areia
Fonte: https://washresources.cawst.org/en/resources/b6be2637/biosand-filter-construction-manual
Filtro lento de areia instalado em residência
Foto: Leonardo Maeda
A cisterna é um reservatório de água que permite armazenamento da água da chuva. Essa água é coletada de algum telhado que fica próximo ao reservatório e é levada até ele por meio de calhas coletoras de tubos de PVC.
A água coletada da chuva não deve ser usada para consumo humano, mas pode ser usada para irrigação, lavagem de chão e máquinas e outros fins menos nobres (que não precisam de alta qualidade da água).
O tamanho e formato do reservatório varia de acordo com a disponibilidade de espaço e recurso financeiro disponível. O reservatório que será instalado pelo projeto terá capacidade de cerca de 15 mil litros, mas você pode adequar à sua realidade.
Esquema de funcionamento da cisterna
Fonte: https://www.solucoesparacidades.com.br/blog/passo-a-passo-agua-de-chuva/
Cisterna instalada no município de Boa Esperança do Sul
Foto: Aline Zaffani
A compostagem é o processo de transformar resíduos orgânicos em fertilizante. Um processo que ocorre na natureza e que podemos fazer de forma otimizada para produzir adubo e melhorar a qualidade do solo e a produtividade de cultivos agrícolas, além de evitar o desperdício desses resíduos.
O local onde essa compostagem acontece é chamado de composteira e pode ter tamanhos e formatos muito variados, dependendo do tipo de material e da quantidade de material a ser compostado.
No projeto Caminho das Águas, a escolha do modelo e tamanho será feita após a escolha do local e da definição dessas informações.
Ao aprender os conceitos da compostagem, cada pessoa pode adaptar um sistema para sua residência.
Esquema de compostagem
Imagem: m.malinika
Modelo de tela móvel e de chão
Fotos: Lucas Becco
Fossa séptica biodigestora – modelo Embrapa
Esse modelo de fossa biodigestora foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e serve para tratar unicamente esgoto do vaso sanitário.
O sistema é composto por, no mínimo, 3 caixas d`água de 1000 litros e com esse dimensionamento atende até 5 moradores.
Mensalmente esse sistema precisa que seja adicionado 5 litros de esterco bovino fresco para garantir que os micróbios do esterco consigam eliminar o conteúdo do nosso esgoto, transformando assim os nossos resíduos em um fertilizante líquido, que é a grande vantagem deste sistema.
Esse fertilizante pode ser usado diretamente no solo, para adubar plantações que não sejam rasteiras, ou que não façamos a ingestão de partes em ccontato com o solo, como é o caso de mandioca ou cenoura.
Esquema da fossa séptica biodigestora – modelo EMBRAPA
Fossa biodigestora instalada em Itirapina, SP
O vermifiltro é um sistema de tratamento de esgoto que usa minhocas e meio filtrante (areia e pedras) para auxiliar na degradação do esgoto do vaso sanitário, que será então transformado em um líquido menos perigoso para o ambiente e para as pessoas.
É um sistema compacto, que pode ser montado com caixa d`água ou alvenaria e o material filtrante, sobre o qual ficam as minhocas na serragem.
Esquema de montagem de um vermifiltro
Fonte: Vermifiltro no Chalé Montanha de Luz na Serra da Mantiqueira.
Instagram https://www.instagram.com/retiroespiritualmontanhadeluz?igsh=NG9yMmpydjFvbmpy
Equipe
A execução do projeto é de responsabilidade do Instituto Cultural Janela Aberta e conta com equipe multidisciplinar para sua realização.
Aline Zaffani
Bióloga, educadora ambiental e consultora em projetos socioambientais. Tem mestrado e doutorado na gestão de recursos hídricos. Atua como técnica ambiental no projeto.
Júlia Guermandi
Engenheira ambiental, mestre em hidráulica e saneamento, com especialização em educação ambiental e experiência em gestão de projetos. Atua como educadora ambiental no projeto.
Leonardo Maeda
Engenheiro Ambiental, atua em saneamento descentralizado pela empresa Aguapé desde 2012. Atua na área de produção e logística no projeto.
Joelma Marcolino
Permacultora, Agroflorestora e Educadora, é uma facilitadora na implantação dos princípios agroflorestais. Bacharel em direito com licenciatura em pedagogia, atua como técnica ambiental no projeto.
Cristian dos Santos
Programador, designer e produtor cultural, atua no projeto como comunicador visual e gráfico desenvolvendo identidade visual, peças gráficas e página do projeto.
Nathalia Locks
Designer e especialista em marketing digital. Atua no projeto como comunicadora visual desenvolvendo estratégias e design de comunicação nas plataformas online.
APOIO
Cláudia Meirelles Davis
Administradora de Empresas, formada pela Escola de Administração de Empresas de SP – FGV e Diretora do Instituto Vivarta, apoiador do projeto. Residente de Caconde, atua no projeto na coordenação com os produtores locais.
Realizadores e parceiros
Além do financiamento do Fehidro, vários parceiros tornaram esse projeto viável e nós agradecemos a cada um deles!
Atividades realizadas
1. Apresentação do projeto para compradores de café
2. Reunião com parceiros
3. Reunião com parceiros
Contato
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